14 de março de 2013

Sou apenas igual a mim


fotografia de Jorge Guerra (Veneza, 1965)
A minha maior recordação é aquela de que não me consigo lembrar.
A maior perdição, aquela pela qual nunca me irei perder.
Gosto da vida assim sem a poder controlar,
Sem saber se vivo ou se estou prestes a morrer.

Nos momentos em que todos choram sou sempre o único a rir.
O caminho que ninguém escolhe, é por esse que eu quero ir.
Só com os olhos fechados é que consigo ver,
(Que) desdenho de tudo o que tenho e o que não tenho queria ter.

Onde todos veem o bem não vejo mais do que o mal.
Aquilo que não tenho é o que mais temo perder.
E descrevem-me assim como sendo banal,
Apenas o meu espírito se compara ao meu ser!

Não há contos de fada nem pozinhos de perlimpimpim.
O mal existe no mundo e eu gosto dele assim.
Pois este teve um mau começo e terá um triste fim,
Sou diferente de todos, mas contudo igual a mim!

                                                               Gabriel Branco, 8ºA   

1 comentário:

Zita Nogueira disse...

Gosto muito deste poema, Gabriel. Parabéns e continua a «poetar»...