Convidada a observar e a analisar a pintura reproduzida abaixo, a Margarida Catarino escreveu esta apreciação crítica que, pelo carácter bastante pessoal da interpretação e pela qualidade da escrita, decidimos partilhar no nosso blogue. Muito bem, Margarida!
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George Tooker, 1956
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A pintura apresentada, datada de
1956, foi produzida pelo pintor norte-americano George Tooker, e retrata o individualismo
presente na sociedade.
No quadro podemos observar várias pessoas isoladas em
cubículos. Verificamos que os seus rostos estão, na maior parte dos casos,
apáticos, e alguns aparentam até estar a dormir. Os cubículos parecem estender-se
para além do espaço representado na pintura, dando a ideia de não haver fim. A
cor predominante é o vermelho, remetendo para a importância e a natureza alarmante
do tema.
Esta é uma
representação interessante do mundo atual, pois, apesar de
vivermos em sociedade, há muitas experiências que só podem ser feitas
individualmente. Em qualquer sociedade há leis e regras, e estas devem ser respeitadas,
mas, tal como nesta pintura as pessoas estão todas juntas, porém separadas em
diferentes cubículos, também nós vivemos em sociedade, mas temos perspetivas
e pontos de vista diferentes uns dos outros, pois são as experiências de vida que fazem de nós quem somos. As nossas crenças são influenciadas pelo
ambiente em que nos inserimos e por aquilo a que somos expostos desde pequenos.
Assim, na imagem podemos ver uma metáfora da nossa sociedade actual, em que cada pessoa se encontra
isolada no seu cubículo, isto é, nos seus pensamentos e nas suas convicções.
Este isolamento é importante, pois é ele que nos torna únicos e originais,possibilitando assim uma sociedade variada e diversificada. Porém, se nos isolarmos de
forma excessiva, isso pode ser prejudicial, já que o ser humano foi criado para viver
em sociedade, para ajudar o outro e para ser ajudado, pelo que o excessivo
isolamento e individualismo podem trazer consequências muito
negativas.
Em suma, a pintura de George Tooker é
bastante agradável esteticamente, e é também interessante, pois apresenta um
tema essencial, que deve ser discutido e analisado por todos nós.
Margarida Catarino, 12º D