6 de maio de 2024

MAR, MARAVILHA, MISTÉRIO... MEDO!

 

Mar, maravilha, mistério... medo!
Ontem o mar estava muito agitado
Mas era impossível alguém não ficar maravilhado!
Ontem o mar transbordava suspeitas
Misterioso, místico...
Ontem o mar comia todos os gritos
Crianças com medo fugiam
O mar muito temiam.

O mar é maravilha
O mar é mistério
O mar é medo
O mar hipnotiza
O mar paralisa
O mar é aquilo que nos faz sentir.


Luz Pimenta, 8º D

 

25 de abril de 2024

25 DE ABRIL- 50 ANOS

Panfletos é um programa da Antena 1, da autoria do jornalista Pedro Tadeu, inspirado num programa da antiga Telefonia de Lisboa. O seu tema é a música de resistência. 

Cada episódio dá-nos a ouvir uma canção, portuguesa ou de outros países, que se afirma como arte de luta contra a opressão. Ao mesmo tempo, é-nos explicado o contexto em que estas canções surgiram.

A Cantiga é uma arma, do músico português José Mário Branco, está indissociavelmente ligada ao 25 de abril e à defesa dos seus valores. Aqui fica a ligação para esse panfleto, em celebração da data que hoje rememoramos:

Panfletos: José Mário Branco e “A Cantiga é Uma Arma” 


23 de abril de 2024

ESTAVA NA PRAIA QUANDO...

 


      Estava na praia quando vejo a água a afastar-se, criando uma onda gigante, ou pior, um tsunami!  

     Como estava sozinha, deixei todas as minhas coisas e corri, sem parar. A onda estava cada vez mais perto, e eu com mais desespero. Havia uma enorme colina ao pé da praia e corri para ela. Subi, subi e subi, sem parar, cada vez com menos forças. Passado algum tempo, depois de subir aquela enorme colina, respirei fundo e olhei para trás. Quando olhei, congelei! Havia água por todo lado, por sorte não chegou ao cimo da colina. Ao longe, conseguia ver que o tsunami também tinha atingido a cidade. Estava tudo inundado, só se via água. Comecei a chorar. 

     Depois de algum tempo, apareceu um helicóptero que me avistou, porque eu estava no cimo da colina. Havia um espaço sem árvores, e o helicóptero aterrou ali. Subi e voámos para outra cidade.  

     Hoje, tenho 19 anos e sou jornalista. Nunca mais esqueci aquele momento. 

 

 

Ângela Pedro, 7º B                         


 

 

13 de janeiro de 2024

A POLUIÇÃO NO MUNDO

 O Afonso Querido interpretou deste modo o cartoon do desenhador cubano Miguel Morales Madrigal. Bela leitura, Afonso.

Despir o passado, Miguel M. Madrigal, Cuba, 2023

Este cartoon, “Despir o passado”, de Miguel Morales Madrigal, apresenta um Mundo que está a sofrer com a poluição que todos nós fazemos.

O Mundo é apoiado por duas mãos, uma com tom de pele mais escuro, a outra com tom de pele mais claro. Por sua vez, o braço com a pele mais clara tem uma pulseira verde com laços de várias cores, sinal de esperança. Esta ideia parece permanecer pelo facto de o planeta Terra estar dividido em duas partes, uma com vida animal e vegetal, e a outra com a poluição causada pelos humanos. Na parte com vida, veem-se os continentes a verde e a água a azul. E na outra parte vê-se uma chaminé industrial que perfura uma manta e emana substâncias que prejudicam a vida. Também se pode ver uma ave a segurar algo no bico; mais em baixo um golfinho a furar a manta com o nariz; e por baixo dele um saco de plástico e uma garrafa a caírem do planeta.

No fundo da imagem, um céu azul com uma nuvem e um arco-íris reforça a ideia de que os seres humanos ainda estão a tempo de mudar o seu comportamento e salvar o planeta.

Na minha opinião, devíamos ter mais cuidado com as nossas ações, que têm vindo a fazer com que o Mundo possa perecer e, consequentemente, todos os seres vivos.   

Afonso Querido, 8.ºA

 

7 de janeiro de 2024

Sociedade e individualiamo

Convidada a observar e a analisar a pintura reproduzida abaixo, a Margarida Catarino escreveu esta apreciação crítica que, pelo carácter bastante pessoal da  interpretação e pela qualidade da escrita, decidimos partilhar no nosso blogue. Muito bem, Margarida!

George Tooker, 1956

A pintura apresentada, datada de 1956, foi produzida pelo pintor norte-americano George Tooker, e retrata o individualismo presente na sociedade.

No quadro podemos observar várias pessoas isoladas em cubículos. Verificamos que os seus rostos estão, na maior parte dos casos, apáticos, e alguns aparentam até estar a dormir. Os cubículos parecem estender-se para além do espaço representado na pintura, dando a ideia de não haver fim. A cor predominante é o vermelho, remetendo para a importância e a natureza alarmante do tema.

Esta é uma representação interessante do mundo atual, pois, apesar de vivermos em sociedade, há muitas experiências que só podem ser feitas individualmente. Em qualquer sociedade há leis e regras, e estas devem ser respeitadas, mas, tal como nesta pintura as pessoas estão todas juntas, porém separadas em diferentes cubículos, também nós vivemos em sociedade, mas temos perspetivas e pontos de vista diferentes uns dos outros, pois são as experiências de vida que fazem de nós quem somos. As nossas crenças são influenciadas pelo  ambiente em que nos inserimos e por aquilo a que somos expostos desde pequenos.

Assim, na imagem podemos ver uma metáfora da nossa sociedade actual, em que cada pessoa se encontra isolada no seu cubículo, isto é, nos seus pensamentos e nas suas convicções. Este isolamento é importante, pois é ele que nos torna únicos e originais,possibilitando assim uma sociedade variada e diversificada. Porém, se nos isolarmos de forma excessiva, isso pode ser prejudicial, já que o ser humano foi criado para viver em sociedade, para ajudar o outro e para ser ajudado, pelo que o excessivo isolamento e individualismo podem trazer  consequências muito negativas.

Em suma, a pintura de George Tooker é bastante agradável esteticamente, e é também interessante, pois apresenta um tema essencial, que deve ser discutido e analisado por todos nós.

Margarida Catarino, 12º D