14 de maio de 2015

Língua Líquida

E ouvir o "Mar Português", de Fernando Pessoa, em italiano? 
Poema traduzido por Antonio Tabucchi e dito por Miriam Ruoppo.







7 de maio de 2015

Portugal - the wild side


realizador e fotógrafo da natureza Daniel Pinheiro filmou durante 4 anos a vida selvagem em Portugal. O documentário, cujo trailer pode ser visto no Vimeo, foi distinguido com um prémio de qualidade. 

Vale a pena dar uma espreitadela: Portugal - the wild side



29 de abril de 2015

A MITOLOGIA NA ATUALIDADE





A escritora Ana Soares é coautora
Coautora com Bárbara Wong
Bárbara Wong que não veio à escola
Escola que recebeu a autora
Autora que veio a oito de abril
Abril para apresentação
Apresentação da coleção
Coleção juvenil Olimpvs.net

Olimpvs.net site oficial
Oficial, cativante e esclarecedora
Esclarecedora foi a exposição
Exposição de temas e ação
Ação que envolve cinco personagens
Personagens que têm nomes de deuses
Deuses da grega mitologia
Mitologia que é a base das aventuras
Aventuras e curiosidades contadas
Contadas pela escritora Ana Soares.


Palavra Puxa Palavra, a propósito da vinda da escritora à escola  
(produção coletiva pela turma do 7.º B)


25 de abril de 2015

Eu vim de longe

25 de Abril de 1974 - recordar e celebrar. 
Poema, música e voz de José Mário Branco

 

Eu Vim de Longe

Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha na outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei pra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi pra esta força que apontou

E então olhei à minha volta
Vi tanta mentira andar à solta
Que me perguntei
Se os hinos que cantei
Eram só promessas e ilusões
Que nunca passaram de canções

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

Quando finalmente quis saber
Se ainda vale a pena tanto crer
Eu olhei para ti
Então eu entendi
É um lindo sonho para viver
Quando toda a gente assim quiser

Tenho esta viola numa mão
Tenho a minha vida noutra mão
Tenho um grande amor
Marcado pela dor
E sempre que Abril aqui passar
Dou-lhe este farnel para o ajudar

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E agora eu olho à minha volta
Vejo tanta raiva andar à solta
Que já não hesito
Os hinos que repito
São a parte que eu posso prever
Do que a minha gente vai fazer

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei prá aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

20 de abril de 2015

Quem sou eu?


Maravilhas - pintura de Joan Miró, 1975

Encontro-me neste momento a vaguear por entre as mais sombrias ruas. Faço-o frequentemente. A minha pessoa perde-se, por ser tão frágil, tão inquieta e tão insegura de si mesma. O medo apodera-se da minha vontade de viver e rouba-me o que de mais valor tenho. Rouba-me a mim mesmo. O silêncio destrói-me interiormente, e, quando cerro os olhos, idealizo um mundo onde não posso estar.

São vários os fatores e os riscos que, dia após dia, corro. É certo que a felicidade é espontânea e momentânea, e é ainda mais certa a minha vontade de a receber agora, neste momento. A carência que eu sinto é e sempre será um dos meus pontos fracos. Ao passear nas tais sombrias ruas que sempre admirei, vejo-me perante os meus pensamentos. Os meus pensamentos que, de algum modo, são os meus piores inimigos. Acusam uma revolta e uma dor crua e destruidora. Revelam horas passadas num lugar escuro e solitário, por onde caminhei, convicto e decidido, sem mesmo saber onde tal jornada me iria levar. Pensamentos estes que são e sempre foram inexplicáveis. Sempre representaram o mais forte dos meus medos, a mais preocupante das minhas aflições, e a mais angustiante das minhas dúvidas. 

O meu inconsciente sempre soube. Lá no fundo, as ruas sombrias onde tantas vezes me perdi e a dor crua tantas vezes por mim sofrida sempre foram um refúgio que eu outrora criara. O sujeito sempre fui eu. Sempre fui eu que me roubei a mim próprio, que destruía as minhas vontades e os meus sonhos, as minhas ambições e os meus desejos. O medo era eu. O medo sempre fui eu, e provavelmente continuarei a ser. Medo de mim, de quem sou. Do que desejo e do que quero. O medo era eu, porque as ruas sombrias nunca o foram verdadeiramente. O sombrio era eu. Sempre temi a minha pessoa, pelo sofrimento que me fez passar, e pelos ideais que, inevitavelmente, dela fazem parte. Os meus medos são previsíveis, e isso sempre me assustou. A previsibilidade dos meus pensamentos sempre acusou uma fraqueza que jamais iria destruir. Na verdade, é impossível fazê-lo.

Serei eternamente um fraco, por alguma vez ter ponderado conseguir encontrar a minha pessoa no meio de todas estas ruas sombrias e solitárias, das quais nunca faria parte. Seria impossível. Porquê tentar incluir-me num mundo onde nem eu, nem os meus sonhos, nem as minhas ambições, nem nenhuma parte de mim poderia fazer parte? Seria incorreto, seria injusto para comigo mesmo. Mas é daí que surgem os medos. O meu medo sempre foi esse. Medo de enfrentar o medo. Medo de enfrentar perguntas cujas respostas me assustariam, tal como sempre temi.

A questão neste momento é bastante clara. Sei do que fugi e sei o que temi. Sei onde me perdi, e onde me voltei a encontrar. As sombras daquelas ruas acabaram por desaparecer, de alguma forma. Neste momento há homogeneidade, entre mim e o mundo onde queria estar. Os meus medos são agora sonhos, e os meus sonhos são agora realidades. Tudo o que eu sempre quis, consegui-o. Foi preciso luta. Foram precisas lágrimas, ofensas, ódios e lamentações. Foram precisas gargalhadas, sorrisos, gritos e perdões.

O fraco tornou-se forte, e o difícil tornou-se fácil. Todos aqueles passeios noturnos em ruas sombrias e solitárias desvaneceram-se. E hoje já não preciso de por lá caminhar novamente. Aqueles medos de que sempre fugi hoje são felicitações do medo que atualmente sou. Felicitações que me fazem sorrir e amedrontar o próprio medo que antes fora. O sombrio agora é claro. Lágrimas negras são agora transparentes. As viagens já não são solitárias, cruas e dolorosas. As carências que eu sentia, e que continuo a sentir, as infinitas vezes em que me perdi sem me encontrar, e as demais viagens que fiz, tornaram-se neste momento em algo grandioso e harmonioso.
Eras tu a luz que jamais quero que desapareça e que se apague. Eras tu a radical mudança que tinha de ser feita. O que seria dos meus medos e das minhas ruas sombrias se lá não tivesses aparecido? Só tenho medo de voltar a ter medo do medo que eu fora. Mas para isso tenho as tuas palavras, e tu as minhas lágrimas, e todos os meus incansáveis sorrisos espontâneos e naturais. Cerrados deixarão os meus olhos de estar, por saber que hoje te adoro, pelo que és e pelo que foste.

Hoje estou feliz, intrinsecamente feliz. Hoje os meus medos perderam-se, ou pelo menos enfraqueceram. Não sozinhos, mas graças a tudo o que de mais simples possas ter feito. Por isso hoje dou-te o que tenho, o mais sincero e o mais genuíno, o que sonho e o que ambiciono, o que temo e o que recuso. Contigo os meus sentimentos partilho, esperando apenas ser compreendido.
Perdido deixei de estar, pois os meus reflexos deixaram de ser isso mesmo. És o espelho da minha pessoa. Resta-me agradecer e, por entre as lágrimas escorridas e palavras proferidas, sorrisos roubados e gritos impedidos, digo que te Adoro.

Bernardo Mendes, 11º A

15 de abril de 2015

Uma leitura de Aparição


 Aparição é palco de uma descoberta constante da aparição do “eu”, do confronto intemporal com quem somos e quem julgamos ser. Para além disso, elucida-nos acerca de temáticas como a solidão, a busca de cada um de nós para encontrar o seu lugar, acerca do Alentejo e dos seus costumes, da arte, da importância do conhecimento e da, sempre presente, morte. O objetivo deste livro é dar resposta aos problemas do mistério do "eu", da condição mortal do Homem, do seu apelo de infinito e da sua grandeza num mundo sem Deus. Vergílio Ferreira discute assim, através da sua narrativa, os temas que mais angustiam o Homem, votado à morte, frágil, limitado e entregue exclusivamente a si.

Numa procura incessante da sua essência e da dos elementos que o rodeiam, o autor propõe uma introspeção sobre quem somos e porque somos. Tudo isto através da história de Alberto, um professor de Português em Évora, que desenha todo um universo de contornos indefinidos. Alberto é uma personagem com um problema metafísico a resolver, um ser angustiado pela redescoberta da morte, que não acredita em Deus, uma personagem para quem a vida é uma selva de caminhos, na qual é fácil perdermo-nos. Falar deste homem é ainda invocar um ser que se sente excluído da verdade e da harmonia natural, que quer uma resposta para a ameaça da morte, algo que lhe confira tranquilidade. Trata-se, portanto, de alguém incessantemente à procura da aparição.

Na verdade, o autor serve-se de Alberto e das personagens igualmente fortes com quem este se cruza para escrever um romance marcadamente autobiográfico, dado que o centro da obra é a experiência de algo muito pessoal. Afinal, tal como a personagem, o autor deu aulas em Évora, sendo de destacar que os paralelismos autobiográficos não se ficam por aqui. Em suma, o autor confere a Alberto o papel de difusor das respostas, marcadas pela filosofia existencialista, a que chegou.


Raquel Rocha, 12º E, Clássicos da Literatura

12 de abril de 2015

Filosofando

Como sabemos que somos reais? Como sabemos que estamos acordados, quando estamos acordados? A realidade que os nossos sentidos captam é real?

Uma divertida animação, inspirada no célebre axioma de Descartes: "Penso, logo existo."








9 de abril de 2015

A Montanha Mágica - uma leitura




Os títulos são subjetivos. Montanha Mágica poderá sugerir misticismo e fantasia, um mundo utópico, que se afasta das regras socialmente estabelecidas e dos conceitos tomados como verdades absolutas, e onde o tempo é ignorado e a doença louvada.

Thomas Mann situa a obra no período que antecede a primeira guerra mundial, e posiciona o herói (Hans Castorp, futuro engenheiro naval) no Sanatório de Berghof. Hans vai ao sanatório visitar o primo, Joachim, mas acaba por lá se instalar permanentemente, já que descobre que também está doente. 

Será nos Alpes que o futuro engenheiro naval desenvolverá a sua personalidade, dissertando sobre temas fundamentais como o tempo, a morte e a doença. Hans discorre constantemente sobre o tempo e apercebe-se de que na montanha este é insignificante e que um mês é a mais pequena unidade de tempo, acabando a estrutura da obra por seguir este raciocínio, descrevendo o primeiro capítulo a vida diária da personagem principal, e os os restantes capítulos, os seis anos que não passaram, já que o tempo ali não passava. 

A morte era vista pelos habitantes do sanatório como inexistente, embora estivesse presente em todas as paredes, e Hans, que já vira este “fenómeno inequívoco, racional, fisiologicamente necessário e desejável” roubar-lhe parentes, não compreendia a indiferença perante a morte. Já a doença, aquela velha conhecida que habitava no corpo de todos, levou a várias discussões com Settembrini (italiano humanista) e com Naphta (jesuíta de origem judia), personagens estupendamente inteligentes e antagónicas, defendendo o primeiro as ideias liberais e o segundo as conservadoras, e chegando ambos à conclusão de que “ser homem é ser doente.”

Esta obra é sem sombra de dúvida uma das mais ricas que já li, porque desencadeou reflexões e pensamentos complexos e me proporcionou um conhecimento artístico, histórico e filosófico extraordinário. 

Sara Marques Félix, 12ºE, Clássicos da Literatura

30 de março de 2015

O que é a Páscoa?


A Páscoa cristã já vem da Páscoa judaica, mas a origem desta festividade é muito anterior. Começou por ser uma festa da primavera que tinha lugar na primeira lua cheia a seguir ao equinócio. Esta festa, pagã, já se celebrava 1100 anos antes de Cristo. 

No Egipto, os hebreus festejavam o seu deus neste dia, que era o primeiro do ano, e foi nesse contexto que se deu o Êxodo, passando esta data a ser celebrada no calendário judaico. A "última ceia" de Jesus seria, justamente, a celebração da Páscoa judaica. 

Como se explica então que agora celebremos a Páscoa para assinalar a ressurreição de Cristo? 
Explica-se pela continuidade na celebração: no século V, a Igreja Católica estabeleceu que a Páscoa se festejaria sempre no domingo a seguir à Páscoa judaica. É preciso ter em conta que era uma festividade campestre, que honrava a lua, astro que regula a natureza e os ciclos da procriação animal e humana, simbolizando assim a renovação da vida. Ora o renascimento de Jesus Cristo encaixava-se perfeitamente nesta ideia. 

E como aparecem os ovos e os cordeiros?
Sendo uma festa de pastores, estes aproveitavam para tosquiar as ovelhas. Os cordeiros surgem, naturalmente, associados ao sacrifício à lua. Ainda hoje, no Minho, por exemplo, o anho é obrigatório. Já os ovos simbolizam a renovação, a vida, a célula fundamental da existência humana.

Elementos colhidos na entrevista ao antropólogo Moisés Espírito Santo, publicada no DN, em 2008

23 de março de 2015

100 anos de Orpheu


Faz amanhã cem anos que saiu o primeiro número da revista Orpheu. Com ela, abriu-se um novo e fulgurante capítulo nas letras portuguesas. O Expresso publica um artigo em que recorda factos, imagens, os nomes e os rostos dos protagonistas desta aventura - Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Santa-Rita Pintor e Almada Negreiros, entre outros. 

A ler, aqui: FURACÃO ORPHEU 

15 de março de 2015

Noite estrelada

Movimento, fluido, luz. Pintura, Matemática, Física. E a genialidade de Van Gogh.




3 de março de 2015

Respeitar é sinónimo de partilhar


Devemos respeitar e tratar os animais, tal como respeitamos e tratamos qualquer outro ser vivo. Este foi um dos princípios que a minha família me passou, pois, desde pequena, têm vindo a crescer comigo vários animais domésticos. 

De facto, sempre houve gatos e cães numa convivência alegre e harmoniosa no meu lar. Neste momento, tenho dois cães, o Cookie, um cão de guarda com grande porte, e a Lady, a quem a minha mãe se refere como a sua outra filha. Quanto a gatos, tenho vários: os independentes, Minnie, Zeus e Pitágoras, e os que partilham o meu teto, Silvestre e Marie.

Todos eles me têm ensinado como se deve ou não se deve tratar os animais: antes de mais deve atender-se às suas necessidades básicas, como a comida e o resguardo; levá-los ao veterinário e tratá-los quando estão doentes; devemos ainda amá-los e acarinhá-los. Por outro lado, devemos denunciar situações de maus tratos, que incluem o abandono, a violência e o desleixo.

Para finalizar, devo reforçar que os animais nos respeitam, nos amam e que merecem esse respeito e amor de volta, já que, lá no fundo, não somos nós que adotamos os animais, mas sim eles que nos adotam a nós! 


                                                                                                                                                                                                    Leonor Solla, 8.º E


19 de fevereiro de 2015

O vento lá fora

O vento la fora é um documentário que apresenta um retrato do poeta Fernando Pessoa, a partir de uma leitura de poemas organizada pela professora Cleonice Berardinelli, notável pessoana, e pela cantora brasileira Maria Bethânia. 

Esta leitura, apresentada ao público na FLIP 2013 (Feira Literária Internacional de Paraty, um dos mais importantes certames litarários da lusofonia), foi filmada em estúdio, na presença de uma plateia de convidados. 

O documentário, realizado por  Marcio Debellian, é construído a partir desta filmagem, assim como da gravação dos ensaios, das conversas sobre a obra de Pessoa e da pesquisa de manuscritos e imagens. A não perder!




3 de fevereiro de 2015

A ARTE COMO REVELAÇÃO

Procissão do Corpo de Deus (1913), pintura de Amadeo de Souza-Cardoso
A arte é um bem comum, um luxo acessível. Não é necessária, mas é essencial. Representa o expoente da humanidade, a realização que mais longe nos coloca dos outros seres vivos que conhecemos. De facto, mais emocionante do que uma criança prodígio com o talento de um adulto, é um adulto com a inocência da criança no olhar, embora aprisionado na sua razão. Um artista.

Ser artista é ascender da nossa condição por breves momentos. Nesta ascensão, ganhamos a capacidade de nos observarmos, como que de fora. É o que vemos na poesia de Fernando Pessoa, que consegue perder-se em si mesmo e deixar de ser quem é, sem nunca deixar de o ser. E mostrar-nos o caminho para a autodescoberta.

O artista é o portal para o mundo interior, é a criança que tem a capacidade de ver sempre as coisas pela primeira vez, mas com a lucidez de um velho sábio. É o que acontece com pintores como Amadeu de Sousa-Cardoso que, no seu quadro Procissão de Amarante, revela, no comum, o fantástico, como se de uma criança se tratasse.

Por tudo isto, a arte é árdua de decifrar. E esta minha reflexão não passa de um tiro na imensa escuridão que é o nosso ser.

Ivo Ferreira, 12ºC