Como tantas escolas portuguesas, também a nossa se foi tornando cosmopolita e poliglota. São muitas as nacionalidades dos alunos que a frequentam. E a par dos obstáculos que a diversidade cria, ela traduz-se também no encontro fecundo das culturas e línguas de origem. E estes alunos, de proveniências tão diversas, vão gradualmente aprendendo a nossa língua - que assim se amplia e enriquece.
A hospitalidade, diz-se, é uma qualidade portuguesa. E que maneira perfeita de retribuir encontrou a Nicolly, do 8º ano, escrevendo num belo português este poema delicado e subtil, que surpreendeu a sua professora e a mim também. Ora vejam:
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| fotografia de Raquel Carmona Romero |
Pequenas Coisas
Não são os dias grandes que ficam,
são os pequenos detalhes,
um sorrio distraído
um café partilhado
um pôr do sol que chega sem pressa.
A vida esconde-se nas brechas,
entre uma risada e um suspiro,
no "Tudo bem?" que vem de verdade,
no abraço que fala sem som.
A gente corre tanto,
achando que o bonito está lá à frente,
mas ele vive aqui, agora, quietinho,
esperando ser notado.
Nicolly Martinez, 8º Ano

2 comentários:
Adoro o teu poema, Nicolly!!❤️
Singelo! Bonito!
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