Um belo poema do Simão, cheio de imagens subtis, em que o luar, a introspeção e o sentido da amizade se entrelaçam. Ora leiam!
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Luar, de Felix Vallotton |
Em um canto da noite, sozinho, vagueio,
Olho o céu estrelado, busco direção,
Caminho em silêncio, sem medo ou receio,
Escuto no vento a minha canção.
Lembranças surgem, momentos tão raros,
Sorrisos, abraços, histórias a rir,
Agora distantes, são sonhos bizarros,
De que a alma saudosa não quer desistir.
A lua observa-me, com brilho sereno,
Confidente fiel das horas perdidas,
No peito a saudade, um fogo terreno,
Queima memórias de noites vividas.
A solidão é amiga, mas não me consola,
E a cada passo, meu coração chora,
Na dança das horas, a mente controla,
Mas sempre anseia pelo som de outrora.
No meio do silêncio encontro coragem
Para seguir só, sem perder a razão,
Levo comigo uma doce bagagem,
A amizade que vive no meu coração.
Simão Machado, 7º B
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:-)
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