7 de abril de 2022

A Família Humana

 Um poema de Maya Angelou, escritora e ativista dos direitos humanos norte-americana, mulher de mil ofícios e vicissitudes, a lembrar-nos a nossa comum humanidade - e que é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa, meus amigos.

 

Bem vejo as óbvias diferenças
que há na família humana.
Alguns são sérios,
outros florescem no riso.

Alguns declaram que as suas vidas
decorrem em real profundidade,
enquanto outros alegam que vivem
na real realidade.

A variedade dos nossos tons de pele
pode confundir, divertir, deleitar,
castanho e rosa e bege e púrpura
e bronze e azul e branco.

Cruzei os sete mares
e desembarquei em todas as terras.
Vi as maravilhas do mundo,
mas nenhum homem comum.

Conheci centenas de mulheres
chamadas Jane ou Mary Jane,
mas nunca vi duas
que fossem realmente iguais.

Gémeos idênticos são diferentes,
embora as suas características combinem,
e os amantes têm pensamentos bem diversos,
enquanto deitados lado a lado.

Amamos e perdemos na China,
choramos nos pântanos da Inglaterra,
rimos e gememos na Guiné,
prosperamos em terras espanholas.

Buscamos o sucesso na Finlândia,
nascemos e morremos no Maine.
Nos pequenos detalhes somos diferentes,
no que importa – somos iguais.

Noto as diferenças óbvias
entre cada género e tipo,
mas nós somos mais iguais, meus amigos,
do que diferentes.

Somos mais iguais, meus amigos,
do que diferentes.
Somos mais iguais, meus amigos,
do que diferentes.


Maya Angelou (tradução de fonte desconhecida)

 

 

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