Iniciamos a vitrina deste ano com um poema da Bárbara - um soneto cuidadosamente versificado e rimado, cuja melancolia desgarrada me fez lembrar (não sei se acertadamente) Antero de Quental. Parabéns, Bárbara!
No silêncio abraço a escuridãoOnde apenas se ouve uma alma soluçar
Alma de quem ficou sem chão
Alma de quem não mais sabe sonhar.
Alma em profunda opressão
De quem a vida não quer agarrar
Alma que pede ajuda, porém em vão
Alma moribunda que anda a vaguear.
A vaguear continua
Tão vulnerável e seminua
A tentar libertar-se da dor.
A vaguear pela rua
Rua que nunca foi sua
À procura de paz interior…
Bárbara António, 12º D
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