Alguns anos volvidos sobre o início da aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal, são incontáveis as instituições, inclusive públicas, as editoras, as publicações, os escritores e os cidadãos que perseveram na recusa do AO, não encontrando justificação, nem linguística nem no que à política da língua diz respeito, que o recomende. As ambiguidades que originou, o surgimento de palavras irreconhecíveis, o afastamento abrupto da etimologia, bem como o proliferar de erros ortográficos antes desconhecidos, tudo tem levado a protestos constantes.
Chegou a vez de a Academia das Ciências de Lisboa, que é o órgão consultivo do Governo português em matéria linguística, apresentar as suas reservas face ao resultado desta tentativa de uniformização ortográfica. E propor, através do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa, um aperfeiçoamento do Acordo, que "aprimore" as novas regras ortográficas. Em vão, ao que parece.
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