3 de fevereiro de 2013

Diamante reluzindo ao luar

                                                                                    Lisboa - fotografia de André Ribeirinho
Diamante reluzindo ao luar
Açúcar mascavado adoçando o paladar
Vento que lava a nossa face, velozmente
Aroma ácido que transborda no topo de um copo
Frenesim que agita a cidade
Luzes que envaidecem as ruas
Cores que impedem as mulheres de andarem nuas
Flores que embelezam as jarras
Perfumes estonteantes mas intocáveis
Momentos enrolados, azulados, ondulados, plastificados!
Pontos que constituem uma fotografia de família
Vaga ideia de um fado, chorado
Batom borrado numa face esbranquiçada
Baralho de cartas perdido no deserto
Borboletas teimosas e ignorantes…


                                                                           Raquel Rocha, 10º E

1 comentário:

Soledade disse...

Outro poema muito interessante, a crescer num ritmo cheio de energia.