10 de abril de 2018

Ai como é bela

pintura de Chagall
Mas sem olhos para o perceber
Dona de uma beleza inexplicável,
Porém não gosta de se ver
Como pode ser possível?

Ai como é bela
Daria tudo para ser dela
Mas ela não me quer pertencer
E maldita seja por ser mais bonita a cada dia
Como pode ela não me ver?

Ai como é bela
Deus não foi justo quando a fez, com certeza
A natureza hoje está invejosa
Por ela possuir mais beleza
À que devia ser a mais formosa.

Ai como é bela
E não basta ser maravilhosa
Teve que me encantar
E ainda ser bondosa
Realmente não a mereço.

Ai como é bela
Mas diz ser inocente e não o ver
Cada dia mais me cativa
Será que ela não percebe
Que para mim é a mulher mais bonita?

Ai como é bela
Mas cheguei tarde demais
Agora ela chora por canais
Ficção é o que lhe enche o coração
E agora é outro que a tem na mão.

Diana Fialho Ferreira, 10.°D

21 de março de 2018

O abecedário dos animais e… outras coisas que tais!




A é a aranha que apanha.
B é o burro que dá um grande zurro.
C é o crocodilo que nada no Nilo.
D é a doninha que está em linha.
E é o elefante que é amante.
F é a foca que está na toca.
G é o gorila que brinca com argila.
H é a hiena que tem pena.
I é a iguana que mordeu a Ana.
J é o jacaré que anda a pé.
L é o leão que é  mandão.
M é o morcego que não tem sossego.
N é o nandu que anda nu.
O é o orangotango que come morango.
P é o pica-pau que diz " Xau xau."
Q é o quivi que faz "Hi !Hi!!"
R é o rinoceronte que bebe água da fonte.
S é a serpente que perdeu um dente.
T é a tartaruga que orquestrou uma fuga.
U é o urso que ganhou o concurso
V é a vaca que dorme numa maca.
W é o ... What???
Xavier sabes o que é??
Y? Yes, já descobri!
Vamos ao Z ...
Z é a zebra que está na lista negra.

Cristovão Fernandes, Nazario Karapchuk e (com a pequena ajuda do) David Stanislavov , 7ºG (alunos do Apoio PLNM) 

14 de março de 2018

Amor de Perdição - uma apreciação crítica

Simão no seu leito de morte, velado por Mariana (do filme de Manuel de Oliveira, 1978)


“Amor de Perdição” é um dos melhores exemplares do Romantismo literário português. Escrito nos finais do século XIX, e apesar de pertencer à corrente literária romântica, apresenta também alguns aspetos do Realismo, como a crítica à sociedade da época. 

Na novela, o narrador apresenta-nos a história de Simão Botelho e Teresa Albuquerque, filhos de famílias inimigas. Logo no início, o narrador-autor faz uma excelente síntese da intriga, numa só frase: «Amou, perdeu-se e morreu amando». De facto, os três protagonistas começam por amar, acabam por se perder devido a esse amor, abandonando toda a esperança, e, por fim, todos eles morrem, amando tanto como em vida. 

Esta é uma obra excecional, que nos mostra de forma exemplar aquilo que é o amor-paixão. Mariana, na minha opinião, é a personagem mais pura da obra, uma vez que abdica de tudo, da sua felicidade, inclusive, por Simão e pelo amor que sente por ele, apesar de esse amor não ser correspondido. 

Em suma, é uma obra apaixonante e viva, de leitura não muito difícil, e que mostra o que é o amor levado ao extremo. Um excelente romance, com heróis sensacionais. 

Inês Santos Fialho, 11ºA

8 de março de 2018

No seu dia, 8 de Março

As mulheres de Gina Marrinhas, pintora portuguesa nascida em 1950, em Aveiro.  










23 de fevereiro de 2018

Cantiga de Bem de Dizer

pintura de Júlio Maria dos Reis Pereira, 1976
És tudo para mim
Tu, cujos olhos são como pérolas,
Que possuis palavras sedutoras.
És melhor que todas elas,
Superior a todas as senhoras.
     És tudo para mim!

És Formosa como as Rosas,
Teu toque é inesquecível.
Tuas curvas são maravilhosas,
Ficar sem ti parece impossível.
     És tudo para mim!

Teu coração é macio,
Se continuar a bater.
Morro de arrepio,
Só de pensar em te perder.

     És tudo para mim!

Diana Santos 10.ºD

15 de fevereiro de 2018

MICHAEL JACKSON AINDA SE ENCONTRA VIVO?

Alguns fãs alegam que Michael Jackson ainda está vivo e que o seu funeral foi uma farsa.

Passados alguns anos, fãs do grande Rei da Pop querem provar que foi tudo planeado e que o seu ídolo ainda se encontra entre nós. 

Depois de muito pesquisar sobre este assunto, apresento-vos uma das teorias mais credíveis. 

A primeira coisa que levou os fãs a achar que algo de errado algo se passava foi o desaparecimento dos vídeos das câmaras de segurança da casa do cantor, pois regravavam de 24 em 24 horas, mas a polícia de Los Angeles só copiou os primeiros 4 minutos, que mostravam o cantor a chegar a casa. 

O que aumentou ainda mais as suspeitas foi o facto de a equipa médica, chamada a assisti-lo, querer declará-lo morto, em casa, mas o seu médico ter insistido que o levassem levado para o hospital, sendo o óbito declarado mais tarde, às 14h 26m, o que, segundo algumas fontes, deu tempo para trocar o corpo de Michael pelo de Soule Dmitri, um homem de 47 anos ao qual tinha sido diagnosticada uma doença terminal. No entanto, as evidências médicas provam que a saúde de Michael estava de facto limitada.

Esta e outras teorias parecidas continuam a deixar as pessoas intrigadas, como, por exemplo, a que sugere que Jackson teria planeado a própria morte por ter bastantes dívidas, para não falar das acusações de pedofilia e da sua fama de drogado. 

Agora fica a dúvida, o Rei da Pop está vivo ou morto? 

Mariana Silva, 7º A 

14 de fevereiro de 2018

Regulamento de exames 2018


Saiu o Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário. 

9 de fevereiro de 2018

Ai como tu és bela

pintura de Greg Spalenka
Hoje está um dia de frio,
Queria que me viesses aquecer.
Fico com arrepio,
Com medo de nunca mais te ver.
     Ai, como és bela.

Tua sabedoria é inigualável,
Como belas são as tuas palavras.
Teu sorriso é inquebrável,
Eu morro de amor por ti.
     Ai, como és bela.

Quando estou contigo,
Só te vejo a brilhar.
Algo que controlar não consigo,
É parar de te olhar.
     Ai, como és bela.

Beatriz Bernardino 10.ºD

22 de janeiro de 2018

TRÊS GATOS

O David conta-nos, em quadras ao gosto popular, a história de três gatos traquinas.


Um gato, dois gatos, três gatos,
Os gatos andam a brincar
E foi lá a minha irmã
Para os assustar.

Partiram três pratos
Em busca de comer,
Ficaram com o pelo espetado
E começaram a correr.

Para ir ao baile da terra
Vestiram-se "à maneira"
Com uns grandes suspensórios
E calças de serapilheira.

Chegando ao destino
Viram uma linda gatinha,
Mas como era só uma
Desencadeou-se a guerrinha.

A dona sabia bem
Que todos queriam a beldade,
Ela não foi na conversa
E tornou à sua herdade.

Os gatos por lá ficaram
Cansados de tanto dançar,
Quando voltaram para casa
Foram-se logo deitar.

                      David Serrazina, 10º C


14 de janeiro de 2018

À maneira de Camões - II

O mundo às avessas (foto sem autoria atribuída)
Poemas do 8ºF ao desconcerto do mundo.

Maldita sejas fome,
Que cercas o mundo.
Guerras que nunca acabam,
Incêndios a queimar tudo,
Vida inacabada!

Mentalidades retrógradas,
A destruir o mundo.
Deixem as pessoas em paz!
Cada uma com o seu futuro.

Lágrimas correm na face
Daquela pobre criança,
Sem comida, sem água,
Sem qualquer segurança…

                            Luciana Luís e Ana Leonor Grego


Os bons eu vi arder
Nas chamas do desconhecido,
Dias passam sem comer,
Sem beber,
Sem teto para viver.
Com futuro incerto pela frente,
Perdido está o seu presente!

                                   Joana Belo e Lucas Coelho


Com estas mentalidades,
O que se anda a passar?
É este mesmo o mundo
Que temos de melhorar!
Com dinheiro pr’aqui,
Dinheiro pr’ali,
Isto não está a resultar.
Assim o planeta
Deixa de funcionar!
Com a vida às avessas,
Estamos a tentar ganhar
Com toda a gente assim,
Parámos de pensar!

                        Beatriz Inácio e Urânia Pinto


Eu vivi numa guerra
Com fome e falta de água.
De seguida a crise vi…
Ó mundo meu, ó guerra minha!
Os incêndios me bateram à porta,
Sem casa fiquei, nesta crise vivi
Ó mundo meu, ó guerra minha!
E assim será o nosso futuro
O mais incerto que já vi…


              Lara Costa, Marta Valentim, Raquel Martins

10 de janeiro de 2018

À maneira de Camões - I

Poemas do 8º D ao desconcerto do mundo


O mundo vamos mudar
E com a violência acabar.
Para não falar de poluição,
Vamos apanhar o lixo do chão!
Para o racismo evitar,
Os negros vamos respeitar.
Para a fome acabar,
Alimentos vamos doar.

               João Martins, Marisa Sofia, Tomás Letra

Há tanta gente cheia de fome
Outros com comida de mais.
A poluição afeta o mundo
De uma forma exagerada.
A violência, mal ordenada,
Devia ser concertada.
Desigualdadem ao mundo faz mal,
Como a falta de respeito que existe.
O mundo devia ser arranjado,
Do modo que a gente pedisse!

                         Catarina Santos, Raquel Maximiano

Tanta gente com comida,
Tanta gente sem comer,
Tanta gente a poluir,
Todo o mundo a morrer.
Tanta gente maltratada,
Tanta gente sem carinho,
Tanta gente a sofrer,
Neste mundo pobrezinho.
Tanta diferença, desigualdade,
Tanta falta de respeito,
Tanta gente sem direito.
Haverá mundo perfeito?

           Carolina Pina, Miriam Rogério

Esparsa desconcertada

A fome não existe só em África, pois espalhou-se pelo mundo inteiro. 
A poluição é uma coisa trágica, pois afeta o nosso cheiro. 
Com violência nada se resolve, não é assim que nos conseguimos exprimir. 
Todas as pessoas são iguais, não é por serem mais ou menos brancas que devemos ser racistas. 
A desigualdade é algo que afeta muita gente, mas todos têm o direito a ser felizes. 
A falta de respeito tornou-se grave, ninguém tem o direito de ofender ninguém.

    Guilherme Filipe, Margarida Amado, Pedro Pereira

31 de dezembro de 2017

FELIZ 2018

Matisse, árvore da vida

Os nossos votos, nas palavras de Sophia.

A PAZ SEM VENCEDOR E SEM VENCIDOS
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ter melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos

Sophia de Mello Breyner Andresen


24 de dezembro de 2017

4 de dezembro de 2017

As passadeiras de peões continuam a ser tema de crónicas bem interessantes, dos alunos da turma C do  9.º ano.


Cinco vezes por semana, nove vezes por ano, levanto-me às sete da manhã e saio de casa às oito horas para ir para a escola. Durante o trajeto, passo por oito passadeiras, seis têm semáforo.

Nas passadeiras acontecem sempre coisas estranhas. Na primeira passadeira do caminho, o semáforo está avariado e, claro, eu esqueço-me sempre. Na segunda, aparece um vendedor de rua que não percebe que eu sou uma adolescente e não me interesso por produtos de limpeza ou por cremes contra as rugas. Na terceira e na quarta, não há semáforo, nem nenhuma alma generosa que pare o carro para eu passar. Na quinta, uma velhinha com dois sacos nas mãos precisa de ajuda para atravessar a passadeira anterior. Na sexta, lembro-me que deixei a mochila no chão para ver as horas no telemóvel, e tenho de voltar para trás. Na sexta e na sétima, mais vendedores de rua que me obrigam a parar, porque estão a vender CD's ou cartões de memória para o telemóvel. E, finalmente, a última passadeira, onde para o autocarro da escola e que tem os estudantes mais esquisitos e os meus amigos.

Apesar de tudo isto, continuo a pensar que é mais barato vir a pé do do que  de transportes públicos. ou do que mudar para uma povoação mais pequena do que uma cidade.

Madalena Coelho, 9.º C

1 de dezembro de 2017

A Restauração de 1640


Restauração - Tapeçaria de Portalegre (detalhe)
A dinastia espanhola dos Filipes governou o país entre 1580 e 1640, altura em que o futuro D. João IV liderou uma revolta que afastou os castelhanos do trono.

Foram 120 os conspiradores que, na manhã de 1 de Dezembro de 1640, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa, para derrubar a dinastia espanhola que governava o país desde 1580. Miguel de Vasconcelos, que representava os interesses castelhanos, foi morto a tiro e atirado pela janela.

Do balcão do Paço proclamou-se a coroação do Duque de Bragança, futuro D. João IV, e também dali que se ordenou o cerco à guarnição militar do Castelo de S. Jorge e a apreensão dos navios espanhóis que se encontravam no porto.

Até ao final de 1640, todas as praças, castelos e vilas com alguma importância tinham declarado a sua fidelidade aos revoltosos.

A restauração da independência só seria reconhecida pelos espanhóis 27 anos depois, com a assinatura do Tratado de Lisboa.

A Restauração de 1640