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13 de janeiro de 2024

A POLUIÇÃO NO MUNDO

 O Afonso Querido interpretou deste modo o cartoon do desenhador cubano Miguel Morales Madrigal. Bela leitura, Afonso.

Despir o passado, Miguel M. Madrigal, Cuba, 2023

Este cartoon, “Despir o passado”, de Miguel Morales Madrigal, apresenta um Mundo que está a sofrer com a poluição que todos nós fazemos.

O Mundo é apoiado por duas mãos, uma com tom de pele mais escuro, a outra com tom de pele mais claro. Por sua vez, o braço com a pele mais clara tem uma pulseira verde com laços de várias cores, sinal de esperança. Esta ideia parece permanecer pelo facto de o planeta Terra estar dividido em duas partes, uma com vida animal e vegetal, e a outra com a poluição causada pelos humanos. Na parte com vida, veem-se os continentes a verde e a água a azul. E na outra parte vê-se uma chaminé industrial que perfura uma manta e emana substâncias que prejudicam a vida. Também se pode ver uma ave a segurar algo no bico; mais em baixo um golfinho a furar a manta com o nariz; e por baixo dele um saco de plástico e uma garrafa a caírem do planeta.

No fundo da imagem, um céu azul com uma nuvem e um arco-íris reforça a ideia de que os seres humanos ainda estão a tempo de mudar o seu comportamento e salvar o planeta.

Na minha opinião, devíamos ter mais cuidado com as nossas ações, que têm vindo a fazer com que o Mundo possa perecer e, consequentemente, todos os seres vivos.   

Afonso Querido, 8.ºA

 

7 de janeiro de 2024

Sociedade e individualiamo

Convidada a observar e a analisar a pintura reproduzida abaixo, a Margarida Catarino escreveu esta apreciação crítica que, pelo carácter bastante pessoal da  interpretação e pela qualidade da escrita, decidimos partilhar no nosso blogue. Muito bem, Margarida!

George Tooker, 1956

A pintura apresentada, datada de 1956, foi produzida pelo pintor norte-americano George Tooker, e retrata o individualismo presente na sociedade.

No quadro podemos observar várias pessoas isoladas em cubículos. Verificamos que os seus rostos estão, na maior parte dos casos, apáticos, e alguns aparentam até estar a dormir. Os cubículos parecem estender-se para além do espaço representado na pintura, dando a ideia de não haver fim. A cor predominante é o vermelho, remetendo para a importância e a natureza alarmante do tema.

Esta é uma representação interessante do mundo atual, pois, apesar de vivermos em sociedade, há muitas experiências que só podem ser feitas individualmente. Em qualquer sociedade há leis e regras, e estas devem ser respeitadas, mas, tal como nesta pintura as pessoas estão todas juntas, porém separadas em diferentes cubículos, também nós vivemos em sociedade, mas temos perspetivas e pontos de vista diferentes uns dos outros, pois são as experiências de vida que fazem de nós quem somos. As nossas crenças são influenciadas pelo  ambiente em que nos inserimos e por aquilo a que somos expostos desde pequenos.

Assim, na imagem podemos ver uma metáfora da nossa sociedade actual, em que cada pessoa se encontra isolada no seu cubículo, isto é, nos seus pensamentos e nas suas convicções. Este isolamento é importante, pois é ele que nos torna únicos e originais,possibilitando assim uma sociedade variada e diversificada. Porém, se nos isolarmos de forma excessiva, isso pode ser prejudicial, já que o ser humano foi criado para viver em sociedade, para ajudar o outro e para ser ajudado, pelo que o excessivo isolamento e individualismo podem trazer  consequências muito negativas.

Em suma, a pintura de George Tooker é bastante agradável esteticamente, e é também interessante, pois apresenta um tema essencial, que deve ser discutido e analisado por todos nós.

Margarida Catarino, 12º D


10 de dezembro de 2023

DISCREPÂNCIAS NA NOSSA SOCIEDADE

 A reflexão de uma aluna do 10º ano acerca das desigualdades que ainda afligem o nosso mundo. 

Eva Hesse, (1936-1970), escultora alemã 
 

Desde sempre houve discrepâncias na nossa sociedade, fosse em termos de raça, situação financeira e mesmo entre homens e mulheres.

A nossa sociedade evoluiu, mas nem sempre para melhor. Na Idade Média, as pessoas com mais pigmentação na pele eram feitas escravas, como se a cor da pele influenciasse as suas ações. As mulheres eram muitas vezes tratadas como seres inferiores aos homens, pelo simples facto de serem mulheres. Estas atitudes foram mudando, mas, na verdade, a discriminação continua lá.

É bastante comum ouvir-se falar nas notícias sobre casos de racismo, em que as pessoas são rebaixadas, gozadas. E há mesmo casos em que a discriminação é tão excessiva ao ponto de levar à morte da vítima, como nos Estados Unidos. No Afeganistão, o tipo de discriminação é diferente, as mulheres são desvalorizadas pelos seus próprios familiares e as suas competências postas em causa – são proibidas de sair de casa sem um acompanhante e é-lhes retirado o direito de estudar.

Concluo assim que, na atualidade, as pessoas de pele negra e as mulheres já conseguiram conquistar uma grande parte dos direitos de que se viram privadas, mas ainda há um longo caminho a percorrer!

10ºB

15 de março de 2023

PARA SALVAR O PLANETA NÃO BASTA QUE A POESIA SAIA À RUA

 Um título provocador e bem escolhido, para uma reflexão da Maria Costa acerca da diferença que pode haver entre o que defendemos e o que praticamos. Ora leiam.

Pintura de Jessie Arms Botke - Garças e Lótus


Neste texto, pretendo dar a minha opinião sobre como nos manifestamos e expomos as nossas opiniões em relação ao tema “Salvar o Planeta”, e como raramente fazemos o que defendemos.

Na minha opinião, falamos muito sobre como salvar o Planeta e como queremos sempre fazer o possível para que isso aconteça. Contudo, não conseguimos fazê-lo totalmente, porque, na maioria das vezes, não pomos em prática o que dizemos. E com frequência arranjamos justificações para não o fazer.

Por exemplo, afirmamos que é preciso fazer a separação do lixo. Mas provavelmente não o fazemos… ou não temos os contentores ao pé de casa; ou não temos os recipientes adequados; ou simplesmente
não queremos saber e não estamos preocupados com isso.

Também dizemos que precisamos de utilizar mais os transportes públicos, como forma de reduzir os combustíveis pouco amigos do ambiente, pois sabemos que, se todos adotássemos este comportamento, contribuiríamos de forma significativa para o bem-estar do Planeta.

Além disso, se andássemos mais a pé ou de bicicleta, também estaríamos a contribuir para a melhoria da nossa saúde. É certo que, muitas vezes, não conseguimos adotar estes comportamentos por causa da falta de transportes públicos nos lugares onde vivemos, o que dificulta as deslocações, mas também sabemos que é mais confortável andar em carros particulares.

Outro exemplo é o abate de árvores. Dizemos que não devíamos abater tantas árvores, para conservar o Planeta e o nosso ambiente, mas mesmo assim consumimos muito papel e derivados do papel. E muitas vezes nem nos lembramos da importância que as árvores têm na nossa vida, sendo elas uma das principais fontes de produção de oxigénio.

 Também sabemos que, com as alterações climáticas, têm vindo a verificar-se mais períodos de seca no nosso país e no mundo. Vemos constantemente nos telejornais que a população consome e desperdiça muita água, por exemplo a tomar banho, a lavar os dentes, a regar os jardins, a lavar o carro ou a encher as suas piscinas particulares. Mais uma vez, não fazemos o que dizemos para salvar o Planeta, e não conseguimos pôr em prática hábitos sustentáveis.

Concluindo, ainda temos um longo caminho pela frente. Vamos ganhando mais consciência da importância de alterar alguns dos nossos comportamentos e hábitos, para não prejudicar gerações futuras. No entanto, são poucas as ações que fazemos no nosso dia a dia que tenham como objetivo não prejudicar o Planeta.

Maria Costa, 7ºC

24 de novembro de 2021

EM DEFESA DO PASSADO

 

Escrito no contexto de uma prova de avaliação de Português – em que aos alunos se pedia uma opinião fundamentada sobre o desejo de corte radical com o passado por parte de alguns artistas modernistas – este texto, a que a autora deu o sugestivo título “Em defesa do passado”, constitui não apenas um belo exemplo de escrita académica, mas, e acima de tudo, uma reflexão muito bem fundamentada.

 

Gustav Klimt, O cavaleiro dourado, detalhe do "Friso de Beethoven"

Em defesa do passado

Certos momentos do passado da Humanidade trazem desconforto ao ser relembrados, isto é um facto. No entanto, é da minha opinião que aceitemos as nossas falhas passadas e que construamos um mundo melhor com essa consciência. Há quem defenda suprimir o passado, de modo a começar de novo. Eu discordo.

Em primeiro lugar, considero que o passado forma o presente. Isto é, as ações que realizamos no presente são consequência ou de ações passadas ou daquilo que vimos, lemos ou ouvimos sobre o passado. Assim, temos a oportunidade de aprender com os erros dos nossos antepassados, evitando repeti-los. Um excelente exemplo desta ideia é o holocausto da Segunda Guerra Mundial. De um modo geral, reconhecemos agora que foi algo absolutamente imoral, que não devemos repetir. Então, se ignorássemos o passado, tornaríamos admissível um novo genocídio?

Em segundo lugar, sabemos que o conhecimento se constrói ao longo de gerações, por meio de constante pesquisa, debate e refutação. Esta ideia pode ser ilustrada pela pesquisa sobre o funcionamento da mente humana, tópico debatido até à atualidade. Inicialmente considerada dádiva divina, o nosso conhecimento sobre a consciência humana evoluiu ao longo do tempo, com nomes como Freud e Damásio entre os mais célebres. Caso eliminássemos conhecimentos anteriores, como alguns apoiam, o desenvolvimento da ciência, tecnologia e filosofia seria impossível, estagnando o nosso progresso enquanto sociedade.

Em suma, defendo que o reconhecimento do nosso passado coletivo, favorável ou não, é essencial para o desenvolvimento da sociedade, e que deixá-lo de parte impossibilitaria a projeção de um futuro melhor.

Margarida Sardinha,  12ºB

22 de março de 2021

Lucky & Zorba

 Também a Eva Ferreira quis partilhar a sua apreciação crítica acerca do filme de animação "Lucky and Zorba". Ora leiam:

UM FILME CONSCIENCIALIZADOR

     Lucky and Zorba, com duração de uma hora e meia, é um filme de animação adorável, com uma mensagem ecológica muito boa, e baseado no livro História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, de Luis Sepúlveda. Foi realizado por Enzo D’Aló.

    A história passa-se na cidade de Hamburgo, onde uma gaivota prestes a morrer confia o seu ovo a um gato chamado Zorba, que promete três coisas: não comer o ovo, cuidar do ovo e ensinar a gaivota bebé a voar. O gato cumprirá a sua promessa com a ajuda dos amigos: Sabetudo, Secretário, Colonello e Barlabento.

     O filme é bastante variado em termos de espaços: a casa de Zorba, o museu e os esgotos, entre outros, desenvolvendo-se a ação durante o dia, mas, principalmente, à noite.

     O diálogo entre as diferentes personagens revela inteligência e clareza. A música escolhida para cada momento é bastante adequada, quer nos momentos de sucesso quer nos de perigo. As personagens têm todas, na verdade, um importante papel, incluindo os ratos, que representam a maldade, dando assim mais emoção ao filme, pela superação das adversidades impostas aos gatos e à gaivota. Para além disso, é louvável a maneira como os felinos não seguiram o estereótipo tradicional dos gatos, matreiros e malvados.

     Este filme de animação desenvolve temas como o problema da poluição, a bondade, a união, a solidariedade. Por trás da história, várias foram as lições de moral: desvalorização da raça para gostar de alguém, ou desvalorização das diferenças, ainda que seja um pouco clichê! Mas fica bem! Convém não esquecer que é uma animação!

      No geral, é um filme bastante bom para todas as idades, em que a simplicidade e a doçura da história cativa qualquer espectador!

Eva Ferreira, 7º D

11 de março de 2021

ASSIM NÃO DÁ...

Talvez a leitura do livro permita ao José Ferreira uma apreciação mais positiva desta história, pois a adaptação cinematográfica não lhe agradou particularmente. 

Aqui fica a apreciação crítica que ele escreveu.

ASSIM NÃO DÁ...

Eu nunca gostei de filmes que se baseassem em factos verídicos. Ainda para mais um filme que não tem um final feliz, como é o caso de O diário de Anne Frank.

O diário de Anne Frank é um drama lançado em 2009, com a duração de pouco menos de 2 horas. Mesmo que o realizador Jon Jones tenha feito um bom trabalho, a história em si é desgastante, pois passa-se maioritariamente no mesmo local (um anexo) e as personagens são quase sempre as mesmas, o que, como a própria Anne menciona, se torna aborrecido e cansativo, uma vez que se  sabe o que cada um vai dizer.

A história passa-se durante 2ª Guerra Mundial. Anne e a sua família viviam em Amesterdão, mas como a coisa estava a ficar feia para os judeus, tiveram de se esconder por cima do escritório do pai (o dito anexo). À medida que o tempo passa, juntam-se os Van Daan’s e o seu filho Peter, por quem Anne se apaixona, e também um dentista de nome Albert Dussel.

A personagem do pai de Anne Frank marcou-me muito, pois conseguiu, na maioria das vezes, manter-se calmo e não se enervar, e acredito que foi por isso que, de todos os habitantes do anexo, foi o único sobrevivente do campo de concentração. De facto, não sou muito fã deste género de filmes e custa-me muito saber que o que aconteceu a estas personagens aconteceu também a muitos outros judeus.

Na verdade, não creio que a história seja assim tão interessante, convenhamos, a ação fixa-se no período de dois anos em que eles ficaram, literalmente, à espera que a guerra acabasse. É o retrato de uma situação traumática, sem dúvida, mas cansativa. Se ainda mostrassem a ida para os campos de concentração e o que aconteceu lá, mas não… apenas quiseram entristecer-nos mais com aquele final, quando apresentam um a um onde e quando tinham sido mortos. O que, para mim, não fez sentido algum! Uma forma rápida de acabar a história!

Resta-me ler o livro!

                                                                                José Ferreira, 8ºA