10 de fevereiro de 2014

Abriste-me os olhos

Yajuro Takashima, Mangetsu, 1963

Uma seta de escuridão
Atingiu a minha vida.
Apoderou-se de mim a solidão
E a tristeza há muito escondida.

Dentro de mim me perdi,
À procura da saída.
De tanto falar desisti,
Dei a luta como perdida.

Vivo com medo de me afogar
No mar de dor onde vivo
Que, apesar de implorar,
Não se mostrava compreensivo.

Foi então que mergulhei
No poço sem fundo da minha mente;
Cansado de resistir, parei,
Adormeci completamente.

O intenso brilho
Dos teus olhos me acordou.
E até ti segui o trilho
Que o meu coração traçou.



Gabriel Branco, 9ºA

2 comentários:

Zita Nogueira disse...

Aqui está um bonito poema do Gabriel, que já me habituou a bons textos, sobretudo poéticos! Parabéns.

Soledade disse...

Parabéns, Gabriel :-)